sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quando acordo dormindo.

Meus sonhos não me levam a lugar algum. Me sacodem, passam feito filme, passeiam dentro das minhas veias. Misturam todos os personagens, colocam nome no rosto estranho, fazem o desconhecido parecer familiar. Meus sonhos acabam com meus dentes. Me mordo, morro, mato, respiro, abro os olhos e continuo neles. Eles não tem disciplina. Se confundem, repetem, me fazem suar. Meus sonhos não servem pra nada. Nada além de atormentar. Colocam asas em objetos, deixam tudo maior, invadem meu pequeno ser. Meus sonhos não passam de pesadelos.

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