terça-feira, 24 de junho de 2008

3 coisinhas



Coisa 1:
Há algum tempo atrás me inscrevi em várias promoções de revista, cada uma oferecia um prêmio diferente: tênis, mochila, viagem, perfume, jóia, vestido, carteira...
Pra participar destes concursos culturais é preciso apenas se cadastrar no site da editora e fazer uma frase de acordo com o tema da promoção. Eu, naquela de ter esperança, inventei tantas frases que já nem me lembro delas. Sempre fui um desastre pra sorteios, bingos e sena. A única coisa que ganho é jogo de baralho... Mas se valer dinheiro eu saio sempre perdendo.
Mas eis que ontem saiu o primeiro resultado, valendo um vestido que a Aline Moraes usou na capa da revista Manequim (claro, no tamanho de quem ganhasse, e não do tamanho da Aline). E eu, que nunca havia participado de uma coisas dessas ganhei o vestido! Fiquei passada!!! Pode ir lá ver, no site da revista, em concursos culturais, tá meu nome!!! Meu nominho! Fiquei tão feliz! Claro que um vestido não vai mudar a minha vida... Mas eu ganhei! E isso é super legal!!!

Coisa 2:
Aproveitando o clima de sorte, vou me empenhar nos estudos essa semana. Sim, sim, estudar não tem nada a ver com sorte, mas já que o mar tá pra peixe, não custa dar uma forcinha... Presto concurso nesse domingo e no outro também. Dedos cruzados, e só volto depois que passar as provas. É por uma boa causa.

Coisa 3:
Meu amigo Thi, amigo da quinta série B, tem um blog tão legal. E esses dias me acabei de rir com um texto que deixo aqui pra vocês:

Como ser um autor de novelas

É fácil ser um autor de novelas.
Para ser alguém na vida, há que se mirar em vencedores.

Foi pensando nisso que elaborei esse dossiê sensacional e bastante simples com 5 dicas espertas para quem quer se tornar um autor de novelas mirando-se em autores já consagrados.
Aproveite e boa sorte em sua obra!

1. A vida do homem do campo:

Crie personagens que vivem no interior do país e foque as questões agrárias. Como em O Rei do Gado, coloque um acampamento do MST em uma fazenda de cacau da novela Renascer. Depois, faça com que os italianos que trabalham nas plantações, como em Terra Nostra, vão todos para uma região inóspita do Brasil, como o Pantanal.

Autor que você deve se inspirar: Benedyto Rui Barbosa.

2. A vida de algum povo diferente:

Crie personagens que fazem parte de um povo e que fique dançando a toda hora. Como em O Clone, crie uma situação em que um assunto polêmico esteja em voga, como a criação de clones. Depois, faça com que o povo muçulmano, que só dança, envie a notícia do clone através da internet, como fizeram os ciganos em Explode Coração. Nunca se esqueça de que os ciganos também só sabem ficar dançando. Por fim, essa notícia chegará junto com a notícia de que imigrantes ilegais foram presos, como em América. Sempre se lembrando de que os personagens dessa novela também dançam a toda hora.

Autora que você deve se inspirar: Glória Perez.

3. A vida no Rio de Janeiro:

Crie personagens ricos que moram à beira de Copacabana. Coloque também um assunto polêmico e que tenha acabado de passar no Jornal Nacional, confundindo a cabeça do telespectador, que não sabe diferenciar a realidade da ficção. Trate assuntos do cotidiano, como homossexualidade, preconceito racial, celibato, alcoolismo, violência doméstica, trição, câncer, romance entre mulheres mais velhas e jovens rapazes, ciúme, entre outros. Lembre-se que, quanto mais se parecer com um jornal, melhor. Pode ser o texto mais mal escrito do mundo, mesmo assim vai ser a melhor audiência da casa.

Autor que você deve se inspirar: Manoel Carlos.

4. A vida num país calorento:

Crie personagens que não precisam usar camisa a maior parte da novela. Como em Quatro por Quatro, crie um bolo de relacionamentos, cuja história terá uma reviravolta com a chegada de um índio, como em Uga Uga. Lembre-se que todos os protagonistas devem estar com o peito à mostra, assim como em Kubanacan.

Autor que você deve se inspirar: Carlos Lombardi.

5. A vida de seres mitológicos:

Viaje na maionese e escreva uma história sobre vampiros, como Vamp e O Beijo do Vampiro. Vale também usar personagens paranormais, como em Olho no Olho. Melhor ainda se usar personagens celestiais, como em Um Anjo caiu do Céu.

Autor que você deve se inspirar: Antônio Calmon.


Pronto! Aí estão as dicas e seus respectivos autores. Agora, escrever uma novela está mais fácil que a banda Los Hermanos lançar um disco ruim.

A não ser que você queira mudar paradigmas e queira escrever uma novela diferente. Bem, aí o problema é seu... Periga de escrever uma trama rocambolesca como a dos mutantes da Record. Só que, para isso, você precisa ser bastante lelé.


sexta-feira, 20 de junho de 2008

Maria Fernanda chegou!

Oi Maria Fernanda!
Você chegou ontem, toda perfeita, e hoje já estavam todos apoixonados por você.
Sabe, eu ainda não te vi, mas sua avó já disse, toda faceira, que os seus 4kg e 200gr são completamente loiros, uma polaca de olhos azuis!
Quando você ainda estava na barriga da sua mãe, eu me sentava com ela na sacada e nós ficávamos pensando em como você seria, se teria as mãos grandes e fortes,o pé grande, e os olhos gulosos da Carol. Se seria magrela como ela, ou forte como o pai. Se viria morena de cachos perfeitos, ou loirona de finos fios. Mas não importava como te desenhássemos, você ficava sempre linda. Sempre uma flor.
Sua mãe te desejou tanto menina! Você foi muito amada desde o primeiro dia, cada vez que ela ia contar da gravidez pra alguém, estampava no rosto um sorriso e passava de leve a mão na barriga de tábua, acredite, ela chegava a estufar a barriga e dizia feliz que já estava engordando.
Quando eu soube que sua mãe te esperava, e que ainda iria demorar 8 meses e alguns dias pra sua chegada, meus olhos encheram d'água. E hoje foi a mesma coisa, quando minha mãe ligou contando a novidade.
Não vejo a hora de te encontrar! Vou te contar um monte de histórias, primeiro as de ninar, depois aquelas que eu e a sua mãe Carola vivemos. Vou te pegar no colo, cantar uma coisa de criança, te dar uma all star mini, vou ver você dormir, morder seu pé! É vai se preparando, eu sou uma mordedora de pés de criança, daquelas impossíveis, que fazem voz irritante e tudo!
Depois Maria Fernanda, quando você já for maiorzinha, a gente vai passear. Vamos no parque de diversões, no circo, comer algodão-doce e todas as coias que a sua mãe natureba não vai te dar. Te dou até Coca-cola! Mas não agora, quando você for maior.
Agora você deve estar se deliciando com o leite da sua mãe. Ela sempre teve uns peitões, devem estar fartos de tanto mamá.
Quando você for maior ainda eu te falo sobre os meninos, das coisas que só as mulheres sentem, te dou todas as dicas, todos os truques e caminhos pra não sofrer de amor, mesmo sabendo que você vai escolher o que o seu coração mandar, e que vai chorar, sofrer e ter a sensação de que nada é mais importante que aquele menino da oitava série B. Sua mãe sempre foi assim. Eu também. Nós mulheres somos todas assim.

Maria Fernanda, seja bem vinda a esse mundão. É divino receber um presente como você. Esse planeta tá precisando de vida, de ar fresco, de novidade. E você é uma notícia maravilhosa, um motivo de alegria, de renovação.

Se prepara, a brincadeira está só começando! Você ainda tem uma vida inteira pela
frente!

Com muito amor, e cheirinho de mamãe e bebê...
Sua prima segunda, mas pode chamar de tia

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Ballet e Corrida

Quando eu era criança, antes de fazer 8 anos, meu sonho era fazer ballet. A maior parte das minhas amigas eram "bailarinas", e voltavam da aula vestindo collant e sapatilhas rosa. Eu também queria, mas minha mãe nunca deixou.

- Você não vai gostar disso menina! Pensa que vai chegar lá e sair dançando? Tem que ficar horas fazendo exercícios de barra, alongamento e um monte de coisas que você não vai gostar! Eu te conheço Leticia!

E eu, inconsolável, me trancava no quarto em prantos e fazia exercícios de barra apoiada na cabeceira da cama. Eu gostava sim! Ora bolas!
Um dia, minha mãe foi pra Curitiba fazer um curso do banco, e eu fiquei com meu pai. Meu pai sempre foi da opinião de que a gente deve fazer tudo o que quiser sem se importar com a opinião dos outros. Me aproveitei da siuação.
A noite, quando minha mãe ligou em casa pra ver se estava tudo bem, eu tinha uma notícia para dar:

- Mãe, o pai me matriculou no ballet! - era impossível esconder tamanha satisfação.
- É filha... - Minha mãe desapontada fez de conta que gostou.
- É, e eu já tenho collant, meia calça, sapatilha, redinha, faixa e sainha. Tudo rosa!
- Ah! Que lindo querida, muito bonito.

Passei umas 3 semanas correndo pela casa vestida de bailarina. Depois da primeira apresentação, uma dança ridícula com uma música infantil, eu desisti. E pra falar a verdade só resisti até esse dia para não dar o braço a torcer, os exercícios eram muito chatos e eu estava longe de calçar as sapatilhas de ponta e dançar o Lago dos Cisnes. Essa foi a primeira vez que vi minha mãe com aquela cara que eu bem conheço de "não falei?".

Quando eu era pré-adolescente e tinha menos de 15 anos, quis fazer Jazz. Minha mãe não se opôs, era melhor jazz do que minhas tardes desperdiçadas na rua com os meninos que andavam de skate. A aula era tudo de mais legal na vida, na primeira turma que frenquentei eram só eu minha prima Carola. Depois fui para o SESC, e aí sim tinha um grupo de dança. Me apresentei umas 7 vezes com a mesma coreografia, a música era Rio 40 graus, da insuportável Fernanda Abreu. Quando a professora resolveu trocar a coreografia eu resolvi cair fora. Já estava velha demais pra tudo aquilo. Depois disso passei um mês no Karatê. Mas nem vale a pena contar.

Quando eu era adolescente não perguntava mais a opinião da minha mãe e fui fazer capoeira. Aquilo sim era legal! Passava as tardes me quebrando pra tentar fazer saltos e chutes, sem contar no berimbau que eu PRECISAVA aprender a tocar! Parecia que tinha nascido escrava e meus antepassados eram todos mestres de capoeira. Me enfiava nas rodas, chamava todos pra fazer aulas, baixava música de capoeira na internet pra aprender a letra, saía 40 minutos antes do treino só pra dar tempo de passear na cidade vestindo abadá. Mas, quando o mestre avisou que teríamos um "batizado" pra pegar o cordão e que ia ser no sábado de manhã, no calçadão da cidade, eu desisti. Era tímida demais pra exibir minhas piruetas mal executadas em praça pública.

Quando eu já era "adulta" e tinha menos de 21 anos, minha mãe e eu nos matriculamos na Yoga. Foram tempos feliz. Fiquei zen, lia todos os textos sobre o assunto, comprava revistas especializadas em Yoga, meditava quando sobrava um tempinho, comia melhor, respirava melhor e procurava cursos pra me formar instrutora. Sim, eu tinha decidido minha vida, era isso que eu queria, armonizar mente e espírito, entoar mantras, aperfeiçoar meus asanas e passar tudo isso a diante. Fiquei um ano frequentando as aulas, até que um dia meu espírito se enfureceu e eu não consegui me equilibrar, nem respirando profundo, e mandei a dona do espaço pro inferno. Não fui mais, nunca mais. Mas ainda pratico alguns dos exercíos em casa, e isso é o bom da Yoga, não é preciso aula nem professor.

Agora que sou uma mulher casada e minha mãe não apita mais minha vida (quer dizer, mais ou menos né) eu resolvi correr. Ah sim, porque dispensa matrículas, não paga mensalidade e não tem horário. Já faz 2 semanas que comecei meu programa de corrida, estou firme, e mesmo com o frio insuportável não deixei de treinar um dia sequer. Volto pra casa com a cara vermelha, a boca rachada e feliz. Que minha mãe não ouça, mas assim que fizer calor vou comprar um daqueles shorts de corrida e um tênis dos bons!

Dessa vez tem que dar certo, mas se não der eu já vou pensando a próxima alternativa,
luta livre, tênis, surf...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Fundo de garrafa



- Alô, bom dia, gostaria de marcar uma consulta com o oftalmo.
- Sim, qual deles?
- Ah, tem mais de um é?
- Tem sim, tem o Dr.João, a Dra. Fátima, o Dr. Pedro, o Dr. Vagner...
- Vagner. Pode ser esse Vagner mesmo. Dois horários tá, um pra mim e um para o meu marido.
- Sim, pode ser quinta-feira as 16?
- Pode sim. Obrigada.
- De nada, tchau.
- Ah! Só mais uma coisinha, onde fica o consultório?

(...)

Foram os dois, ela cega e ele não. Mas ele queria confirmar que não era cego e aproveitou a ocasião.
Essa era a segunda visita dela ao oftalmologista. Da última vez, anos atrás, tinha um pouco de miopia. Tão pouco que com ou sem os óculos verdes o mundo era a mesma coisa. Agora esses óculos facilitavam para ela ler as legendas no cinema. Dirigir, mesmo com os óculos, já estava difícil, as placas não faziam sentido, eram borrões em preto e amarelo, vede e branco e branco e vermelho. Só borrões.

Sentou na sala de espera e enquanto via uma revista sem texto o marido fazia a ficha.

- Casada ou solteira?
- Casada! - Ele respondeu por ela com uma cara satisfeita.

Antes que reparasse na roupa das famosas em alguma entrega de algum prêmio em algum lugar, a secretária os convidou pra entrar na sala do Dr. Vagner. Ele usava óculos, de lentes grossas e modelo antigo. Fundo de garrafa. A mesa na qual ele empilhava alguns livros de medicina tinha o desenho de um olho feito com diversos tipos de mármore. A pedra usada na íris tinha riscos parecidos com os de uma íris de verdade. Credo.

- E então, qual o problema de vocês? - Perguntou o médico sem desgrudar os olhos do computador.

E então ela disse seu problema, ele disse o dele. Exames. O doutor ligou um aparelho que projetou uma luz em circulo na parede.

- O que você vê ali?
- Como assim?
- Ali, projetado na parede?
- Ah sim, uma luz, formando um circulo.

(silêncio)

- Sim, e no meio da luz?
- Ué... Nada, no meio nada.

O médico colocou nela um óculos horrível pra fazer o teste de lentes.

- E agora?
- Ah sim! Agora umas bolinhas pretas.

Trocou as lentes.

- E agora?
- Meu Deus, agora as bolinhas viraram letras! Nossa!

(...)

Alguns graus a mais e ela já via denovo os detalhes do mundo.
Foi embora quase feliz.
Queria mesmo os olhos de criança, que achavam com facilidade a tarrachinha do brinco perdida na grama.

Balanço da noite de ontem

- Ela se pintou, usou a jóia que ganhou pela manhã quando ainda estava embaixo do edredom, leu mais uma vez o cartão que ele escreveu. Ele sabia o que ela gostava de ouvir.
- Fez as unhas, de vermelho. Gelou um champagne. E quando ainda estava escolhendo o vestido, ele chegou. Tinham reserva, e não tinham tempo para o brinde. Brinde lá.
- Seus nomes não estavam na lista. Não havia lugar para os que não fizeram reserva. Chamaram o gerente. Ele trouxe um rascunho onde o nome do marido estava mal escrito.
- Seus lugares no mezzanino, pediram vinho tinto, brindaram o amor, em alto e bom som, por que nesse dia se permitiram ser brega.
- Estavam rodeados de mesas grandes, 2, 4 ou 6 casais em cada uma delas. Acharam engraçado, no dia dos namorados, eram os únicos que saíram "de namorados". Tim tim.
- Falaram de tudo, de nada. Comeram a entrada, o principal e a sobremesa. Á luz de velas. Quando pairava o silêncio ele segurava a mão dela.
- Voltaram pra casa, indignados com as filas nos restaurantes e bares da cidade. As pessoas de braços cruzados no frio. Batendo os dentes, se abraçando.
- Não tomaram o champagne. Elvis cantava na sala deles. Amor. Dormiram no sofá, embaixo do cobertor de onça.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

De dia dos namorados.

Dia de brindar a luz do teu olhar.
E entre tantas coisas, esse seu jeito de ver é o melhor presente que já recebi.
Pelos teus olhos o mundo é melhor, há mais verdade, um transparência quase infantil.
Olhos sempre arregalados, esperando a novidade, contemplando belezas, enxergando além, sempre pra frente.
Obrigada por me emprestar esse seu jeito de ver a vida.





Mas o que eu quero mesmo, todos os dias
É aquela parte em que a gente deita na cama
E se contorce inteiro na guerra de cócegas.
E eu sempre ganho.
Porque seu riso desenfreado vale mais que tudo no mundo.
Ah se vale!

Todo meu amor. Todo o bem.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

domingo, 8 de junho de 2008

Só pra dizer que é fim da semana

Foi mais uma.
Semana de aniversário - Um mês comemorável
Trabalho, leitura, testes, e ainda restam caixas
Procuramos um móvel, imóvel, não podíamos pagar
Almoçamos naquele lugar, e só percebi que estava sem ela na porta de casa
Volta e meia pra buscar a bolsa escondida na cadeira.
Três e-mails. Três grandes e-mails.
E à quatro mãos assamos um bolo.

Na hora de deitar no sofá,
Fico eu com os pés nele e ele aos meus pés.
Domingo que vai.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Band-aid

Ela não sabia, mas tinha coração.
Viveu 20 e tantos anos de vida negando amor.
Nem o seu. Nem o deles.
Fazia apenas parecer, fingia amar.
É que ela queria, mas não podia.
Era impossível dar a alguém aquilo que não conhecia,
E assim andava pelas ruas, pelos bares, todos os lugares
Torcendo pra se esbarrarem, cruzando os dedos pra que não doesse.
É, uma vez lhe disseram: dor de amor não tem igual!
E ela já sofria por antecedência,
Tinha tantas dores e mais uma poderia ser fatal.
Parou de desejar encontrá-lo.
Continuou fazendo de conta
E nas suas contas imaginou amar mais de dez.
Interpretava como sabia, imitava as amigas, descrevia seu coração pular.
Mas quando era noite o vazio se instalava,
E ela, com medo de amar, tinha medo de não amar.

Ela não sabia, mas tudo podia mudar.
Naquele dia pedalou do trabalho para casa,
Na rua estreita começou a chorar,
Os olhos embaçaram tanto que esconderam dela o buraco no asfalto.
Foi jogada pro alto e num segundo atirada na rua.
Em cima do braço. Iria precisar de atadura.
Ele estendeu a mão. E um riso de consolação.
Ela sentiu o rosto vermelho, envergonhada por seus desastres.
Quando o olhou nos olhos suas bochehcas queimaram.
Queimou também o braço quebrado. E o tornozelo cortado.
E ela lembrou-se de algo enquanto caminhava apoiada no peito do moço.
"Dor de amor não tem igual"
E ele ria, piscava e abraçava a moça machucada.

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Daquela amiga:

Sua força é tão forte que me faz melhor.
Melhoral.
Feito um remédio pro tédio.
Um assunto calado pela distância.
Assumo!
O seu falar é bem melhor que esse silêncio.

Árvore Genealógica


Primo do Rei

Filho do Primo

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"Eu posso chegar tão de repente
E assustar você trazendo uma estrela em minhas mãos
Ou quem sabe até chegar voando,
Em uma nuvem colorida e roubar seu coração
Você não sabe mas eu sou ladrão
Roubei o amor todo do mundo
E pus no fundo do meu peito pra lhe dar
La ra, la rara lala la rara, la ra ra la la ra ra..."

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"Eu vi no discovery menino. Presta atenção. É besouro de chifre, africano. Ele atinge 320km por hora. Oxe, num sei porque você tá duvidando, eu vi na TV. Aconteceu um caso, mostrou lá no discovery, o besouro vinha a uns 300 por hora, deu de encontro com o motoqueiro, a moto tava a 80km por hora. O cara tava de capacete e mesmo assim o besouro varou o capacete do rapaz. Pior num é isso. Você tá rindo de que muleque, to falando que é verdade, presta atenção que eu num terminei. O bicho atravessou o capacete, atravessou o crânio do infeliz e varou o capacete de novo. Quer ficar quieto Quinho! To falando sério, vê lá no discovery. O bicho ainda saiu com vida, foi voando pra longe, perdeu um pouco de velocidade, devia tá nuns 80 por hora quando saiu por trás do capacete. Procura lá no discovery pra você ver."

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Besouro de Chifre
Nome científico: Lucanus cervus

Estes animais vivem debaixo de troncos velhos ou sob cascas de árvores. Medem de 5 a 10 cm, vivem nas florestas de carvalho da Europa. Alimentam-se na fase de larvas de madeira podre e na fase adulta de brotos, flores e seiva. Nascem de ovos podendo escavar um buraco de até 75 cm para dentro da terra para colocar os ovos nas raízes do carvalho. Chegando a ter até 10 cm suas larvas tem a aparência de vermes gordinhos. Suas mandíbulas são extremamente fortes que mastigam a madeira facilmente. Com o tempo as larvas criam uma casca dura e dentro dela se transformam lentamente em besouro, este processo pode levar de 3 a 5 anos. Os machos são maiores de que as fêmeas, sua coloração é de um marrom quase preta, dificultando enxergá-lo durante a noite.

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/besouros.htm