quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Qual é a cor da sua aura?

Magenta

Inovação, extravagância e rebeldia. Indica que você não é conformista e tem dificuldade em aceitar regras. Muitas vezes, vê o trabalho e a família como uma prisão. Precisa criar um estilo de vida que esteja em harmonia com o que acredita, mas que não agrida ou exclua os outros.


Agora ficou fácil pra mim hein!
Personalidade difícil da minha Aura.

Quer fazer o teste?
Tá aqui.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dias abertos

"...O sol ensolará a estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela, o sol, a estrada amarela
E as ondas, as ondas, as ondas, as ondas

Bambeia, cambaleia, é dura na queda
Custa a cair em si
Largou família
Bebeu veneno
E vai morrer de rir
Vagueia, devaneia, já apanhou à beça
Mas para quem sabe olhar
A flor também é
Ferida aberta
E não se vê chorar"


Do meu Chico, não exatamente pra mim, mas serve.

domingo, 24 de agosto de 2008

Dia azul

Quando o vento sopra a favor
Ela veste um sorriso de orelha a orelha.
Passa minutos pensando: é isso mesmo?
E em um segundo passa a dúvida,
Porque nele ela com certeza acredita!
E aposta todas as fichas desse jogo de viver na regra número um, regra que inventaram à dois logo no ponto de partida.
Estão cada vez mais perto de chegar.
Acordam juntos, fazem uma lista de planos, tomam sol na cama.
Quando colocam os pés no chão, a cabeça ainda está nas nuvens
Quase lá, muito próxima do sonho que sonham acordados.
Ele e ela.

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- Quando a gente se mudar vou querer uma bicicleta.
- Duas bicicletas!
- Você também vai querer?
- Claro, vou deixar você pedalando sozinha?
- Pensei que você tivesse vergonha...
- Vergonha de que? De andar de bicicleta?
- Não, vergonha das flores que vou carregar na cestinha.
- Você não vai querer uma Ceci né!?
- Ceci cor-de-rosa.

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Quando amanhece assim, céu azul sem sinais de nuvem
Ela quer roupas coloridas, nada cinza
Um cabelo bagunçado, um chinelo confortável e um barulho de mar
E lá se vai, sentar na areia pra admirar
Deixar o vento que ainda sopra inverno ferir de leve seu rosto rosa.
Sentir-se pequena - muito pequena - grão de areia.
Dia de ser feliz.
Quase boba de tão feliz.

domingo, 17 de agosto de 2008

Ele e ela

Não é acostumada com insônia. Nunca foi.
Dez da noite bate o sono.
Faz força pra manter os olhos abertos até o meio do filme.
No fim dorme.
E acorda pra ir dormir.
Na cama.

Mas algumas vezes não consegue entender, enche a garganta de um nó apertado, que não sai de jeito nenhum.
Ela sabe que é falta dele.
Ou aquela presença calada, muda, imóvel.
Não entende como pode existir alguém que fique confortável no nada.
Não só pela quietude.
Talvez ela goste do silêncio quando tem nas mãos um livro.
Mas aquele vazio, oco - "hei, tem alguém aí?".
Impossível. Ela desconhece esse estado.
É incapaz de viver assim, com os olhos voltados pra parede, secos, sem nada pra dizer, nem afim de ouvir.

E em dias de silêncio dele, o barulho dela agita lá dentro.
E faz doer o peito, estalar os dedos, sala, quarto, cozinha e chocolate.
É com ela?
Sabe que não, mas antes fosse e eles teriam motivo para uma boa discussão.
Mas ele não é disso, não cospe as palavras, ao contrário, revisa tudo antes de falar.
Ele não ousaria inventar um motivo.
Ela pergunta se ele já dormiu.
Ele não responde porque sim.
Como pode dormir sem antes dizer qualquer coisa!
Uma só coisa!

Nesses dias de sono dele ela perde o sono fácil.
E não fica feliz na sala vazia.
Tenta calar por dentro, mas não suporta o silêncio lá fora.

Quando ele fica na dele
Ela se perde dentro dela.

sábado, 16 de agosto de 2008

Para o seu aniversário

Bom humor pela manhã
Paciência para enfrentar os dias de trabalho
Alívio imediato depois das seis
Energia para suar
Disposição para o barzinho
Os melhores amigos - mesmo que não sejam muitos
Uma alma leve, sem rancor, inveja ou ciúmes.

Quero que você encontre felicidade em toda parte
Na música que te enche os ouvidos
Na comida deliciosa
No tempo bom
Na chuva
No céu de lua ou de sol
Dia e noite
Hoje e amanhã
Todos os dias da sua vida.

Quero que você sinta meu abraço
Misturado com aquela energia que vem do mar,
E das bolinhas de sabão,
E do conforto da coberta de onça,
E da saciedade de uma colherada bem farta de beijinho.

Quero que hoje você se veja no espelho
E que não tenha medo de conhecer a mulher que se tornou
Adulta, com traços de criança
Ainda impulsiva, mas muito mais certeira na queda
- É preciso cuidado para não fratuar o peito -
Capaz de prender a atenção
Ou de dar atenção por horas
Uma amiga que não mede distância
Nem tempo pra viver feliz.

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Uma amiga minha.
Uma das incríveis.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Carta

Amiga Querida

Será que a vida é mesmo agora? Que não temos outra chance, outro mundo, outra cara?
Não é que não goste dessa, pelo contrário, sou apaixonada pelo céu azul de inverno, pelo verde da grama do meu quintal de criança, pela música dos passáros na janela ao lado da minha cama de casal, pelo sol fraco das seis da tarde queimando de leve meu rosto rosa.
O que me deixa um pouco frustrada é o que nós duas já sabemos: isso acaba.
E acaba onde?
Não sabemos o dia, e já me conformei, é melhor mesmo não saber a hora.
Mas e quando fercharmos os olhos com força, o que veremos atrás cortina de cílios?
Só o preto, igual vemos quando vamos dormir?
Ou uma paisagem transaparente, flutuante com valsinha tocando ao fundo?
A gente vai ao encontro de Deus? Ou ele é muito ocupado e manda um assistente alado?
Será que o fim é também um começo?
Ou alguém muito esperto inventou essa coisa de vida após a morte só pra nos deixar confortável aqui nesse mundo?
É amiga, você bem que podia me responder, daí de cima - é pra cima que a gente vai, não é? - mandando pistas com as gotas da chuva, com o geladinho do vento, com o calor do sol.
Será que depois de morrer a gente ainda pode olhar os que ficaram, mandar sinais, ler as palavras que eles escrevem na areia, ouvir o recado que mandam nas orações?
Ou vamos voltar, em outro corpo, com outro nome e em outro lugar?
Sabe, eu não queria ser outra. Muito menos ter outro pai e outra mãe. Outros amigos. Outro irmão.
Gosto de ser quem sou, de estar onde estou, de te perguntar daqui como é aí...
Também queria um jeito de aceitar melhor quando as pessoas vão.
Queria que ninguém mais fosse.
Será que a gente se encontra mais uma vez?
Ou quando eu for você já vai ter voltado, caminhado além do que eu posso alcançar?
Seja como for, eu tenho fé no depois.
E sigo daqui, te desejando luz.

É amiga, minha vida é agora.
Até que chegue a hora.

Fica em paz.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Telefone.

L - Alô
M - Sabe quem tá falando?
L - hummm... Mayraaaaaaaaaaa!!!
(gritinhos escandalosos, risadinhas e afins)
M - Tudo bem amiga?
L - Tudo ótimo!
M - Tá sentada? Se não tá, senta!
L - Tô sentada, pode falar.
M - Você tem compromisso na quarta-feira?
L - Eu não!
M - Então você pode ir me buscar no Pórtico que terça-feira tô indo pra aí!
L - Jura!!!? Minhas alma, não acredito.
M - Pode acreditar amiga, não te disse que quando você menos esperasse eu te dava uma boa notícia?

E ela disse mesmo.
Mas eu, pra não correr o risco de esperar em pé e cansar, preferi pensar que talvez ela não viria, não agora.
Mas Mayra é surpreendente.
Nunca me disse que viria e não veio. Nem ficou imaginando dias. Nem planejando viagens. Nada de planos.
Foi assim, de passagem comprada, que ela me avisou da visita.
Rápida.
Na mesma velocidade do dia em que me buscou para o nosso primeiro churrasco juntas.
Que Mayra é a intensidade em pessoa eu já sabia. Todos sabem.
O que me faltava saber era como uma ligação dessa menina, na manhã vazia de terça, tinha força suficiente pra pintar de azul meu céu cinza.

Desde então tô contando os dias.
Esperando com litros de capuccino.
E aquele nosso abraço esmagador.