quinta-feira, 22 de abril de 2010

O esforço nosso de cada dia

Levanta cedo, faz café, come banana
E corre
Pra esquecer dela mesma e pensar somente nela
Assim mesmo, de um jeito estranho
Contraditório, permitindo inverter e misturar
Sem regras, traçando planos
E corre
Menos do que gostaria, mais do que pode
Ela tenta manter a velocidade,
Mas permite desacelerar pra variar
Pra aliviar o rosto vermelho
E escorrer no suor a sujeira
E corre
Porque assim deixa pra trás os problemas
Fingindo estar sempre à frente
Longe, muito longe
E cada vez mais perto de onde quer chegar.

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