terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Trata dedinho

Pode acreditar, eu amo meus amigos com todas as forças
Torço por cada um deles, mentalizo coisas positivas, gosto das reuniões, dos abraços e perco o fôlego só de pensar em uma vida sem eles.

Mas eu preciso estar sozinha.
E não é de vez em quando, é quase sempre.

Meu sozinha não quer dizer sem pessoas, por mais estranho que pareça
É só uma vontade que tenho de decidir as coisas por mim
De não precisar pensar em grupo
Um egoísmo do mundo que me faz querer fazer o que eu estiver afim.

E aí eu me isolo.

Porque não consigo dizer que não por medo de chatear
E também não quero dizer sim se não.

E o não nada tem a ver com gostar menos dos amigos.
Mas nem sempre eles entendem.

Assim fui conquistando ao longo da vida uns amigos como eu.
Daqueles que não se preocupam com quantos dias fazem que a gente não se vê,
Porque importante mesmo é aproveitar aquela hora
E não bater ponto pra medir amizade.

E também fui perdendo pelo caminho uns amigos que chateei,
Porque não liguei de volta, não fui à festa, e esqueci do aniversário.

Eu admiro os amigos que se comprometem a dar satisfação todos os dias,
Falam pelo telefone,
Se encontram dia sim dia não,
Reclamam que o outro foi à padaria sem avisar.
Mas eu estou longe de ser uma amiga responsável.

Sou só amiga.
Uma amiga só.

1 comentário:

Gabriela Guimarães Cavalcanti disse...

Sinto o mesmo, várias (e inoportunas) vezes. Difícil esse ritmo de "bater ponto" na vida dos amigos como se fosse dever trabalhista. Gostei.