sexta-feira, 5 de março de 2010

Carta II

Ro,
Quando escrevi a Carta I não achei que precisaria de uma II, mas aqui estou eu denovo, contra a minha vontade.
A coisa já virou uma tortura, esperar mais alguns dias vai ser como distorcer todos os sons lá fora. Um zumbido.
Mas eu aguento, só pra te ver com estes olhos cansados de tanto preto e branco.
Ontem não foi nada legal, dei aquela mancada que você já sabe e passei o resto do dia com frio na barriga e vontade de chorar.
O pior é que as vontades de chorar se misturavam bem entre as pálpebras dos meus olhos, e unidas corriam feito dilúvio fazendo arder minhas bochechas e manchar de cor de rosa meu nariz.
E nada de você.
E eu ali, esquecida dentro de mim mesma, dependente da sua ligação no fim do dia.
Quando a gente se fala eu até esboço um sorriso, mas na hora de desligar minha barriga gela outra vez. E vai congelando até a próxima chamada.
Sabe, você já deve voltar, é impossível seguir desta maneira.
Vou te espremer, e dessa vez não é força de expressão.

Sua pequena que fica cada vez menor,

1 comentário:

Gabriela Castro disse...

Realmente existem aquelas pessoas que tomam um espaço enorme na nossa vida, e principalmente dentro da gente.
Que ele volte logo!
beijos