quinta-feira, 11 de março de 2010

Um sei lá o que de que.


Quando vem aquela insegurança avassaladora a gente logo põe as orelhas em pé esperando de alguém a certeza.
E aí qualquer palavra dita com um sorriso de canto de lábio serve pra acalmar a cabeça tonta de porquês.
A gente se veste de cores claras pra ver refletido o que esqueceu, e depois quando é noite se esconde embaixo da cama pra procurar quem se perdeu.
Fica difícil fechar os olhos com tantos estranhos pendurados nos cílios da gente, puxando pra cima, com força terrível, toda a vontade de adormecer.
E chega o dia e a gente ali, com os olhos fitando a barra do lençol, esperando que alguém estenda a mão pra nos arrastarmos pelo chão gelado rumo ao dia lá fora.
E inseguros escolhemos roupas pretas pra absorver todo o calor que nos falta, com a certeza de que o sol lá fora vai nos lembrar do verão que não vimos.
E já vai passar.

2 comentários:

Paula Teles disse...

Nossa lindo seu texto. Ameei demaais seu blog estou seguindo e volto sempree moça ;*

Vanessa M. disse...

Passa, semrpe passa...
Depois o verão se anuncia pra fazer a gente enxergar melhor as coisas.


PS: Sabe como posso descrever a sua forma de escrever? simples e ao mesmo tempo detalhista. vc escreve com os detalhes a simplicidade. é muito bom de ler.
;)