No buteco
Soprou um vento, e era ela.
Uma borboleta, e era ela.
Uns quatro olhos brilhantes de água, e era ela.
Um louva-deus, e bom, sei lá
Acho que ela não era um louva-deus.
Mas era verde,
verde louva-deus.
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É tão gostoso gostar.
E é gostoso respeitar o gosto de cada.
Um gosto que pra uns é desgosto.
Eu gosto do gosto de cada rosto.
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Ela fica ali, parada na sacada, regando a planta pendurada.
No sofá da sala
Passando café na cozinha
Deitada com a TV no quarto
Ela fica só cuidando da gente
E de uns tempos pra cá também cuida dela
Às vezes é assunto de boteco
E eu fico com ciúme de tanto que os outros gostam dela.
Mais orgulho que ciúme.
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Eu tinha um livro.
Ele espatifou com a doença do computador.
Tenho um livro na cabeça.
Vou colocar as letras no papel sem vírus.
Com a caneta que não da pau.
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Elas são tão legais. Tão.
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Um telefonema pra ela e eu:
Fico feliz porque recebo beijos e desejos de felicidade
Da menina que, na verdade, eu sei tão pouco.
Um telefonema pra outra ela e eu:
Converso com o homem de sotaque paulista
Que vem no meu casamento e já me coloca na lista de convidados para a sua própria festa.
Obrigada Graham Bell.
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Elas são mais legais ainda.
Ainda mais legais.
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1 comentário:
ou eu to muito emotiva
ou esse post foi de chorar!
:)
escreva logo!
linda
te amo
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